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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

É preciso ter metas claras!


Estabelecer metas é algo quase universal nas empresas independente do porte, segmento e nacionalidade. Mais importante do que estabelecer metas é criar o ambiente propício para que essas metas (desafiadoras e possíveis) sejam alcançadas. Entenda-se por ambiente um mapeamento prévio dos indicadores relevantes (suas interdependências e reflexos), a definição de etapas (milestones), monitoramento periódico e premiação por desempenho. Poucas empresas observam essas premissas.



Leia matéria publicada no Valor Econômico:
http://www.valor.com.br/carreira/3358562/e-preciso-ter-metas-claras-e-intolerancia-ao-baixo-desempenho#!#ixzz2n54Fy2vS


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Como escolher a tributação?

Para aqueles que estão em dúvidas em relação ao regime tributário para 2014 veja matéria publicada no DCI - SP de autoria de Vanildo Veras:

Como escolher a tributação?

Quem tem uma empresa sabe o quanto é difícil manter em dia os pagamentos dos impostos, principalmente quando não percebemos a contrapartida, mas este é um assunto para outro artigo.

Vamos tratar aqui dos impostos do ponto de vista da gestão da empresa, pois sabemos que a arrecadação de tributos representa mais de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos em nosso país, e que afeta a estrutura das empresas, seja na definição dos custos, na política comercial, nos investimentos e até mesmo na sua continuidade e sobrevivência. Não dar a devida atenção para este importante assunto pode resultar em consequências graves, afetando, também, vidas das pessoas envolvidas.
Para iniciar o assunto faz-se necessário deixar claro que você não precisa estudar profundamente as regras de tributação, até porque o seu foco deve ser na gestão do seu negócio para que ele gere os melhores resultados, não é mesmo?
Você deverá contar com a contribuição de um contador, pois este é o profissional que deve dominar o tema em questão. Alguns pontos são importantes, apenas, para melhorar a sua compreensão e não criar confusões.
Não caia no conto de fadas, pois não existem fórmulas mágicas! Quando tratamos dos impostos, devemos ter clareza de que a sonegação não pode ser a forma aplicada na empresa para pagar menos impostos, pois essa prática, além de ser caracterizada crime, contribui para criar uma distorção da realidade na gestão dos resultados, pois quem sonega cria um círculo vicioso e uma cultura negativa de negócio.
Quando se faz a conta desta forma, aparentemente identificam-se valores menores, porém é preciso entender que a conta está sendo feita de forma errada. O desafio é fazer certo e ainda obter os melhores resultados para o seu negócio.
Imagino que neste momento você deve estar se perguntando: Mas como? Como pagar menos impostos fazendo tudo certinho? A resposta está no planejamento tributário!
Diferente da sonegação, o planejamento tributário é a forma legal para identificar possibilidades de pagar menos impostos dentro da lei. Um planejamento tributário adequado poderá trazer considerável economia de impostos. A sistemática de tributação do Imposto de Renda poderá ser escolhida pela empresa conforme seu planejamento tributário, podendo a empresa optar pelo lucro real ou presumido; ou pelo Simples para as micro e pequenas empresas, desde que atendidos todos os demais aspectos da legislação tributária.
Ao optarem pelo lucro real, poderão escolher entre o lucro real anual ou trimestral: Lucro real anual: é adequado para as empresas que tenham faturamentos sazonais, ou seja, picos de faturamentos, podendo optar pelo recolhimento mensal calculado por estimativa com base no faturamento mensal. Lucro real trimestral: É indicado para as empresas que tenham faturamento linear, sendo calculado com base no lucro apurado no trimestre. Lucro Presumido: Esta opção é limitada para as empresas com receita bruta até R$ 48 milhões (até 2013) e 78 milhões a partir de janeiro de 2014. Deve-se observar que algumas atividades estão impedidas de optar pelo lucro presumido, sendo obrigadas ao lucro real, independente do limite da receita bruta. Simples Nacional: Esta opção pode ser a mais adequada para a maior parte das micro e pequenas empresas, porém, é necessário ter muita atenção, pois não podemos assumir isso como uma afirmação, pois é apenas uma possibilidade. Para optar por esta tributação o limite de faturamento anual é de R$ 3.600.000,00.
As empresas confirmarão a sua opção pela forma de tributação da seguinte maneira: Lucro real ou Lucro Presumido: No primeiro pagamento do imposto. Simples Nacional: É feita por meio da inscrição da empresa no CNPJ na condição de microempresa ou empresa de pequeno porte no momento da constituição, ou por meio de opção que pode ser realizada anualmente.
Mas, antes de tomar a decisão, é fundamental fazer uma análise profunda da situação atual. É preciso saber, com exatidão, quais são as suas despesas, receitas, resultado contábil e o nível de organização documental, não se esquecendo de levar em conta as expectativas de crescimento com base no cenário do seu negócio. Em próximo artigo apresentaremos mais detalhes sobre como pagar menos impostos dentro da lei. Inclua em sua agenda um tempo para tratar deste assunto de forma assertiva. Fale com a sua equipe e conte com a ajuda do seu contador.

Vanildo Veras é diretor de inteligência fiscal da Datanil - empresa de consultoria contábil, tributária e trabalhista
(Veja ainda o site da Datanil: http://www.datanil.com.br/)


ICMS na importação e venda para outros estados

Com a aplicação da alíquota de 4% nas operações interestaduais para as empresas importadoras, em particular aquelas que declaram o conteúdo importado igual ou superior a 40%, muitas empresas passaram a acumular crédito de ICMS uma vez que o ICMS pago no processo de importação (via de regra 18%) é muito superior ao valor declarado na saída da mercadoria (4% sobre o preço de venda).

Veja abaixo artigo de Guilherme Giglio, gerente senior da Consultoria Tributária Deloitte, sobre o drama das empresas paulistas e possível solução dada pelo governo estadual.


sábado, 23 de novembro de 2013

É preciso mais do que otimismo para superar as dificuldades das MPEs

2013 tem se mostrado um ano muito positivo para as Micro e Pequenas Empresas (MPEs). É o que indica o Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, Alencar Burti, conforme entrevista publicada na Revista do Sescon-SP, página 20 da edição 293 de setembro/13.

Para citar alguns números: de janeiro a junho de 2013 as MPEs faturaram R$268,6 bilhões, sendo R$9,3 bilhões a mais do que no primeiro semestre de 2012. Apenas as MPEs paulistas ocupam 7,1 milhões de pessoas com uma folha de pagamento de aproximadamente R$8 bilhões. São números mais do que expressivos para dizer a importância desse setor para a economia e o desenvolvimento do Brasil.

Mesmo assim, não são poucos os desafios e adversidades enfrentadas pelos reais empreendedores do nosso país. O acesso ao crédito e o complexo arcabouço tributário são desafios que chegam a parecer intransponíveis e com ciladas muito perigosas para aqueles desavisados.

Muito se noticia a luta de associações de classes, tanto pela flexibilização das linhas de créditos quanto pela melhoria das regras tributárias que beneficiam esse grupo de empresas e empreendedores. Temos acompanhado de perto as dificuldades vividas por alguns desses empresários, quer seja pelas exigências que permeiam o crédito barato, ou mesmo quando chega a hora de migrar do SIMPLES para o Lucro Real ou Presumido. Em geral, esses empresários não têm a mínima ideia de qual caminho seguir.

Não é demais dizer que tanto no primeiro caso (o financeiro) quanto no segundo (o tributário), as empresas melhor preparadas para transpor essas barreiras são aquelas que dispõem de um bom sistema de informações, eficiente o bastante para possibilitar tomadas de decisões acertadas. A boa notícia é que muitas empresas, impelidas por exigências fiscais advindas da NF-e - Nota Fiscal Eletrônica - (e outras mais), até dispõem de um sistema de informações eficiente, mas por razões diversas não o utilizam como tal.
Todo administrador tende a reconhecer que suas decisões tornam-se mais difíceis e complexas à medida que sua empresa cresce.  Por mais otimistas que sejam já não dá para contar apenas com os sentidos (feeling), ou com a sorte... Empresas de sucesso dispõem mesmo é de informação.

Eu adoraria ser parte do sucesso da sua empresa.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Caem ações contra o fisco com a escrituração digital



Reportagem publicada no DCI-SP:

(Fabiana Barreto Nunes)


O avanço na implantação dos sistemas eletrônicos de escrituração fiscal por todo o País nos últimos anos tem ajudado a diminuir a disputa judicial entre a Receita Federal e as empresas. Desde a implementação do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), o Fisco tem amarrado as informações de uma forma que não permite contestação por parte das empresas, segundo especialistas ouvidos pelo DCI. O Resultado foi uma queda de 41,5% no volume de processos que chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012 ante o ano anterior, totalizando 499 processos no ano passado. Em 2013, este número até o momento está em apenas 115 processos.
"As empresas foram desencorajadas a lutar contra a Receita, porque esses controles acabam cruzando informações que agregam autos incontestáveis", comenta Wilson Gimenez Junior, sócio-diretor da Datamétodo Gestão Contábil e vice-presidente administrativo do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paul (Sescon-SP).

Segundo Gimenez, as empresas estão preocupadas em não infringir qualquer tipo de dispositivo legal, porque sabem dos controles que o governo dispõe. "Esse controle real inibe a propositura na Justiça tanto por parte da Receita quanto por parte das empresas. O Fisco tem um monitoramento efetivo a distância e a empresa não tem argumentos para ir contra qualquer imposição da Receita", comenta Gimenez.

  No Superior Tribunal de Justiça (STJ) 19 mil processos envolvendo o Fisco estão em tramitação. Desse montante 4.089 ações entraram em 2011 na Corte que baliza as decisões do Tribunais de todo País. Já no ano de 2012, 4.587 novos processos entraram na Casa. O pequeno aumento entre 2011 e 2012 não se repetiu em 2013, que, até o final de agosto, contava com 1.280 novos processos na Corte.

No Supremo Tribunal Federal os números das ações que seguem os trâmites tem mostrado um declive da Receita tanto no polo ativo como no polo passivo.
Segundo dados da Corte, em 2011 o Fisco foi réu em 117 processos, e impetrante em 736 ações, de todas elas apenas duas estão em tramitação na Corte.
Já os dados de 2012 mostram uma diminuição de pouco mais de 50% nas ações em que a RF foi a autora dos pleitos. No polo passivo a redução não é representativa, apenas oito processos a menos comparado aos números de 2011, com um pouco menos de eficiência na tramitação, 19 ações ainda estão na Casa.
Em 2013, o cenário é de uma Receita pouco litigante com 58 processos impetrados frente a 57 em que o Fisco é réu.
O panorama mostra um equilíbrio das questões que envolvem a RF e as partes, entretanto, é no âmbito federal que estão os conflitos causadores da insegurança jurídica e do afastamento de investidores no mercado brasileiro.
Com questões em torno de imunidade tributária, que esperam posição do STF há oito anos, e outros casos que aguardam há 15 anos uma definição da Corte, são nos primeiros e segundos grau da Justiça Federal que o empresariado sente claramente o poder restritivo da Receita, " Apesar de todos os benefícios fiscais e desonerações feitos pelo Governo Federal, é fato que a Receita tem endurecido a fiscalização e tido uma interpretação bastante restritiva da legislação. Isso tem refletido nos números de autuações e nos questionamentos relacionados os procedimentos fiscais adotados pelas empresas, que tem procurado a Justiça", diz o tributarista Maucir Fregonesi Junior, do Siqueira Castro Advogados.

Regionais
Os Tribunais Regionais Federais são o grande "filtro" das demandas e responsáveis pela pacificação dos conflitos. "Temos acompanhado um grande número de autuações que tem feito as empresas acionarem a Justiça, mas essas tramitações, em geral, são rápidas, tanto porque as soluções são necessárias para manterem a empresa aberta, minimizar, ou corrigir os prejuízos", explica Fregonesi Jr.
Na seção judiciária de São Paulo e interior do estado, parte do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), os números contra a Receita também são decrescentes. Dados de 2011 mostram que 3.599 ações entraram em primeiro grau, já em 2012 a seção contou com 402 processos a menos, 11,2% a menos.
Em segundo grau, o número de processos que envolve a Receita como ré e impetrante caiu 5.226 entre os anos de 2011 e 2012. Até agosto o TRF, que detém 60% da demando do País, distribuiu 14.932 processos, ante os 28.917 em 2012 e 34.143 ações distribuídas em 2011. Os números se repetem pelas seções judiciárias pelo País a fora. 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

É hora de definir o melhor enquadramento tributário para 2014

Está na hora de planejar o enquadramento tributário para 2014


A Matéria abaixo foi publicada no site da FEMICRO (Federação das Entidades de Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo), e chama a atenção para a necessidade do planejamento tributário das empresas cujo faturamento aproxima-se do limite de R$3,6 Milhões para as empresas enquadradas no Simples.

Já faz alguns dias o DCI publicou matéria em que comentava o fato de algumas empresas chegarem a pagar duas vezes mais imposto de renda e contribuição social ao migrar do Simples para o Lucro Presumido. Infelizmente essa migração geralmente se dá de maneira forçada e sem planejamento prévio.

O Congresso estuda aumentar o limite do faturamento para enquadramento no Simples de R$3,6 Milhões para R$4Milhões a partir de 2014, mas não há nenhuma garantia de que isso aconteça em tempo hábil para entrar em vigor a partir de janeiro/2014.

Enquanto isso, o tempo avança e já começa a correr contra as empresas que estão próximas do limite de exclusão do Simples.

O que a sua empresa fez ou pretende fazer a esse respeito?

Veja a Matéria:



Um alerta sobre a substituição tributária

Um dos problemas do Simples é que as empresas não querem mais sair dele. Como resolver isto?
Luiz Barreto – Primeiro é preciso reconhecer que o Simples foi um grande avanço no ambiente legal para os pequenos negócios. Temos quase 8 milhhões de empresas nesse sistema, com menos tributos, menos burocracia e mais compras governamentais.Se passaram seis anos e temos uma nova agenda. Um dos pontos dessa nova agenda e desse projeto é o regime de transição. Não há morte súbita. Você trabalha o seu modelo de negócios pensando nessa redução de tributos de quase 50% na média do simploes e como você vai para a selva quando chega a R$ 3,6 milhões. É evidente que o mundo real oferece alternativas. A pessoa abre outra empresa. É muito melhor que a gente pense formalmente nisso, ou no tempo, ou nas faixas. Isso estimularia o crescimento. Você tem que premiar o desepenho positivo.
Quando essa mudança será aprovada e entrará em vigor?
Barreto – Aí depende do Congresso, dos nossos deputados e senadores. Temos um projeto que traz um conjunto de temas. Há uma comissão especial que está tratando do assunto. Estamos fazendo audiências nos Estados.
E a substituição tributária?
Barreto – Este tema talvez mais importante do que o Simples porque está tirando todo o tratamento diferenciado que a micro e pequena empresa tem no Simples. SC e PR fizeram um acordo para manter a vantagem às pequenas empresas. Está tirando direitos. Os outros estados estão adotando a substituição tributária para todos os produtos. Isso deixa as empresas sem capital de giro. Elas precisam antecipar compras. Você pensa numa loja de brinquedos que precisa fazer um bom planejamento. Dia 12 de outubro é a melhor data para ele. Então, precisa se preparar, fazer um estoque antecipado. Na hora que ele compra tem que antecipar o imposto. Isso não faz diferença para uma grande empresa, mas para uma pequena é uma dificuldade enorme porque ela vive com dificuldade de capital de giro. A industria é mais penalizada do que o comércio e os seviços. Este é um tema que não tem nada a ver o governo federal, mas com os governos estaduais, secretários de Fazenda e o Confaz. Eles pegaram uma boa lei para grandes cadeias como fumo e combustíveis e estão adotando para todos os produtos. Eles precisam escolher algumas cadeias para a substituição tributária e dar um tratamento diferenciado para a pequena empresa.
fonte: blog da estrela

sábado, 27 de julho de 2013

Sobre o sentimento de estar certo... Ou errado.

Você já parou para pensar que geralmente nos sentimos certos acerca de muitas coisas? Como é essa sensação?
Confiança, segurança, poder, etc.

E quando, raramente, temos a sensação de estar errado? Qual a sensação?
Talvez estupidez, fragilidade, insegurança...

O erro é inerente à natureza humana e ao mesmo tempo é algo tão difícil de admitir, não é mesmo?

A Bíblia ensina o seguinte sobre o engano: 
“Quem pode entender o coração humano? Não há nada que engane tanto como ele; está doente demais para ser curado. (Jeremias 17:9 NTLH)

É de Agostinho a seguinte frase: "erro, logo existo".

Hoje eu quero compartilhar com vocês uma palestra, muito interessante, que está na internet, da "errologista", palestrante e escritora Kathryn Schulz , de  março de 2011 para o TED 2011. Em sua exposição sobre a falibilidade das pessoas, ela nos encoraja a adimitir nossos erros. 
Ou ainda: nos adverte que há um grande risco em não considerar a possibilidade do erro.

Ela cita que "Acreditar piamente na sensação de que esta do lado certo a respeito de qualquer coisa pode ser muito perigoso!"

Experimentamos todos os dias o sentimento de que estamos certos a respeito de muitas coisas e nos habituamos a agir sob esse sentimento. 

Problema prático:

A implicação de se convencer que você está correto acerca de alguma coisa é  dizer a si mesmo que suas crenças perfeitamente refletem a realidade.
Como você explica o fato das pessoas discordarem de você?

 A série de pressuposições erradas:
1) Pressuposição da ignorância; primeiro erro é não admitir ignorância a cerca de determinado assunto.
2) Pressuposição de idiotice; o segundo erro é imaginar que somos muito espertos e somos os únicos a enxergar diferente ainda que todos tenhamos as mesmas informações. Todos os demais estão errados?
3) Pressuposição doentia de maldade. Conspiração? O mal está no ar e prenuncia a tragédia.

Ninguém é capaz de enxergar o problema como ele é, mas como imaginamos que o seja. Sabemos como foi o passado, mas o futuro quem o dirá?

Se somos falíveis como somos, qual o problema em admitir isso?
Quais as consequências que podemos trazer para nossas famílias, nossas empresas, negócios e colaboradores? Pelo simple fato de não admitir que podemos estar errados a respeito de algo?

O contrário também é verdade: podemos evitar tragédias ao considerar a mitigar a possibilidade do erro (ou do engano).

Estamos dispostos a admitir isso?


(Veja mais em: http://www.ted.com/talks/kathryn_schulz_on_being_wrong.html)




quinta-feira, 18 de julho de 2013

Para refletir...


“Preste atenção nas pequenas despesas; um pequeno vazamento afunda um grande navio." (Benjamin Franklin)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Comentário sobre matéria publicada no DCI-SP

Na reportagem do DCI-SP, reproduzida abaixo, a simplificação dos sistemas tributários com a criação do Super Simples e do Micro Empreendedor Individual (MEI), não só aumentou a arrecadação em todas as esferas de governo (federal, estadual e municipal), como também acresceu renda aos trabalhadores de micro e pequenas empresas, como informa a reportagem, contribuindo muito também par a redução da informalidade.

Faltou à reportagem mencionar (talvez por falta de estatísticas), que os novos regimes tributários contribuíram para reduzir também a corrupção. Certamente, pela sua forma simplificada e de fácil compreensão com margem reduzida de erros e por consequência difícil aliciamento quer por parte de empresários, quer por parte de fiscais.

Quem ganha com isso é a sociedade em melhores serviços públicos. E por quê não dizer menores impostos?

A quem interessa '2,6 mil horas de trabalho por ano para o pagamento de tributos'? DUAS MIL E SEISCENTAS HORAS! Essa é uma pergunta para cada um de nós refletirmos... 

Mas o que fica muito claro é que: se a sociedade ganha com a simplificação da tributação, é a mesma sociedade que PERDE, e muito, com a burocracia

O que eu e você estamos fazendo para mudar esse cenário? O que os candidatos em quem votamos em 2012 e 2010 pensam a respeito desse assunto? Quando eles e outros vierem em 2014, pergunte: o que eles fizeram e estão fazendo para mudar essa história?

Dedique um pouco de tempo para ler a reportagem a seguir. Se fizer sentido a você, encaminhe a outras pessoas que se preocupam ou podem se interessar pelo tema. Se você for empresário e contribui para alguma associação de classe (FIESP, CIESP, ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS, SINDICATOS, etc.) reitere a sua indignação!  

É hora de unir esforços e pressionar o Congresso. 

Flavio O. Santiago 
http://santiagocontroller.blogspot.com.br/


Baixa burocracia do Super Simples amplia a receita

(Fonte: DCI-SP - http://www.4mail.com.br/Artigo/Display/023763112737116)


Os regimes tributários reduzidos e descomplicados do Super Simples e do Microempreendedor Individual (MEI) completaram, em 1º de julho, seis e três anos de vigência, respectivamente, com bons resultados para comemorar. Nesse período, esses regimes diminuíram tributos, fizeram aumentar a arrecadação de municípios, de estados e da União e contribuíram para o maior processo de formalização de pequenos negócios no Brasil.
A arrecadação gerada por micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais passou de R$ 8,38 bilhões, no primeiro ano de vigência do Super Simples, em 2007, para R$ 46,5 bilhões, em 2012. Ao longo desses anos, o regime que deu tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas por meio da unificação de oito impostos e redução em até 40% da carga tributária completou mais um ano com mais de R$ 200 bilhões arrecadados e com a adesão de aproximadamente 7,5 milhões de empresas, quase a metade composta por Microempreendedor Individual (MEI), cujo faturamento anual é de até R$ 60 mil. E a inclusão ao Microempreendedor Individual, na maioria dos casos por quem trabalhava na informalidade, chegou à marca de 3.154.265 adesões, de acordo com dados da Receita Federal do Brasil.
"Em vez de ficar com um bando de papéis de tributos, tudo picado, o Super Simples simplificou a vida dos empreendedores", diz a empresária Rosane Pinheiro. 

Super Simples ajudou, mas é preciso inovar para ter sucesso

Apesar de a carga tributária e da burocracia do Brasil dificultarem que as empresas prosperem ainda mais, esses obstáculos não freiam a saga crescente dos empreendedores, que arregaçam as mangas e põem a mão na massa para transformar seus sonhos em realidade. Eles reconhecem que o Super Simples ajudou a destravar a condução dos negócios, principalmente no que se refere ao tempo desperdiçado para ajeitar a papelada ao pagamento de tributos.
"Melhorou bastante com o Super Simples", afirmou ao DCI a empresária Rosane Pinheiro, à frente da loja de confecções para tamanhos grandes, que leva seu nome na Asa Norte, bairro nobre de Brasília. "Em vez de ficar com um bando de papéis de tributos, tudo picado, o Super Simples simplificou a vida dos empreendedores com uma só guia de recolhimento. É simples e você sabe quanto vai pagar."
Mesmo assim, a empreendedora paraense que cresceu no Tocantins e se firmou em Brasília destaca que o sucesso não reside apenas em pagar menos tributos e ter uma burocracia amigável. No fundo, confessa que gostaria de ser servidora pública porque saberia quanto ganharia ao final de cada mês. "Tudo depende de inovação e das estratégias que adotamos. A concorrência é cada vez maior", diz.
O Brasil é o país em que a burocracia tributária consome mais tempo do empresário. Segundo estudo do Banco Mundial e da consultoria PricewaterhouseCoopers, uma empresa brasileira de porte médio precisa dedicar 2,6 mil horas de trabalho por ano para o pagamento de tributos. Com isso, o Brasil ficou em último entre os 178 países pesquisados no quesito "tempo para pagamento de impostos".
O cálculo do ICMS é o que mais consome tempo do empresário brasileiro. Das 2,6 mil horas gastas para pagar impostos, 1.374 são despendidas para pagar tributos sobre o valor agregado, como o ICMS. Outras 736 horas são gastas para ficar em dia com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), e mais 491 horas para o pagamento de contribuições trabalhistas e previdenciárias.
O tempo gasto para ficar em dia com os impostos no Brasil é bastante superior ao de países igualmente emergentes e que também enfrentam problemas com a burocracia. Na China, o tempo gasto é de 872 horas, e na Rússia, de 448 horas. Nos EUA, são necessárias 325 horas; na Alemanha, 196 horas.
Em relação ao impacto da carga tributária no lucro das empresas, o Brasil aparece na 158ª posição do ranking. Pelo estudo, 69,2% do lucro líquido do empresário brasileiro são consumidos no pagamento de impostos. As contribuições previdenciárias abocanham 40,6% desse total e o Imposto de Renda, 21,1%. Só 7,5% vão para as contribuições sociais.
Em contrapartida, O Super Simples não só aumentou os negócios dos empreendedores e da arrecadação dos governos como também contribuiu para ampliar a renda dos trabalhadores. Segundo o Dieese, de 2000 a 2010, o aumento real de salários de trabalhadores de micro e pequenas empresas superou em mais de três vezes ao aumento real de salários de empregados de médias e grandes empresas. Houve uma queda de diferença da média salarial dos segmentos, de 43,8% para 38,4%.


sábado, 22 de junho de 2013

O povo brasileiro escreve a sua história


O povo brasileiro está construindo um novo Brasil. Vamos mostrar para o mundo que nós escrevemos a nossa história. Levantar a bandeira da justiça social. Não importa raça, cor, sexo, credo religioso, etc. Todos somos iguais perante Aquele que nos criou e alcançados com o mesmo amor.

O recado aos nossos governantes foi dado: Estamos de olho em vocês, políticos, que buscam benefícios em causa própria a pretexto de representar o povo. Em breve não haverá lugar para quem age dessa forma. 

Para reflexão, transcrevo abaixo a letra de uma música muito bonita em sua melodia e principalmente pelas verdades que imprime em sua letra.

Deus abençoe o Brasil!

Flavio O. Santiago


Letra da música: Pra Cima Brasil
De: João Alexandre

Como será o futuro
Do nosso país?
Surge a pergunta no olhar
E na alma do povo
Cada vez mais cresce a fome
Nas ruas, nos morros
Cada vez menos dinheiro
Pra sobreviver
Onde andará a justiça
Outrora perdida?
Some a resposta na voz
E na vez de quem manda
Homens com tanto poder
E nenhum coração
Gente que compra e que vende
A moral da nação
Brasil olha pra cima
Existe uma chance
De ser novamente feliz
Brasil há uma esperança!
Volta teus olhos pra Deus,
Justo Juiz!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Conta de padeiro

Eu já ouvi muita gente dizer que faz "conta de padeiro". Via de regra, para demonstrar a viabilidade do seu negócio e ou sua rentabilidade.

Recentemente pesquisei, na internet, a origem desse dito popular, disposto a conhecer qual é, de fato, a conta que o padeiro faz... - Para a minha surpresa a tal "conta de padeiro" não existe :-(. Ou pelo menos não é nada daquilo que as pessoas dizem que fazem, ou ainda, que eu esperava que fosse...

Segundo alguns, wikipedia inclusive, a expressão "conta de padeiro" origina-se da tradução do termo em inglês "baker's dozen", cuja tradução livre expressaria melhor por "dúzia do padeiro". Diz a história que no século 13 o rei Henrique III promulgou a lei Assize of Bread and Ale (http://en.wikipedia.org/wiki/Assize_of_Bread_and_Ale) em que punia com multa e castigos em praça pública o comerciante que negociasse pães e cerveja fora das especificações ou peso; para evitar tal punição os padeiros ingleses passaram a entregar 13 pães para cada dúzia que lhes eram compradas. A prática de comprar pães em dúzia, muito comum naquele tempo, era ainda "premiada" com um 13o. pão extra, o que se tornou popular dizer que a dúzia de padeiro tinha treze unidades.

Diante de tal histórico, a boa conta de padeiro ainda é aquela que redunda da boa e velha receita de pão, (os mais diversos tipos e formas), que deliciam e cativam os mais diversos clientes em todo o mundo. A tal "conta" mágica, no contexto brasileiro de impostos, inflação e juros... ainda que defendida por alguns, eu atribuo às obras da ficção empresarial.

Ainda assim,  entendendo a importância de simplificar ao máximo o complexo mundo empresarial, deixo alguns alertas com o propósito de ajudá-lo a fugir das armadilhas que estão por trás da "conta do padeiro" no Brasil:

1) muito provavelmente o seu produto não possui os mesmos insetivos fiscais dados ao pão francês, por exemplo. O pão francês está isento de impostos federais, por exemplo. Certamente a conta de viabilidade fica infinitamente mais fácil sem a implicação dos arcabolsos e armadilhas do sistema tributário brasileiro. 
- Está cada vez mais difícil tratar os impostos no Brasil, seja em virtude da complexidade das leis, pelas suas variações conforme o estado/município, seja pelas obrigações acessórias, etc. Também está cada vez mais difícil evitáveis-los. Muitas das empresas que estão crescendo não revisam suas planilhas de custos e a mera alteração de enquadramento do Imposto de Renda reserva suas armadilhas.

2)  nem sempre o seu produto ou serviço possibilita o controle da produção de forma cadenciada. No caso da panificação, a produção cadenciada evita o acúmulo de estoque acabado, que envelheceria na gôndola. Na maioria dos casos o padeiro pode antecipar ou retardar a fornada, o que possibilita ao cliente encontrar produtos frescos, disponíveis a qualquer hora do dia. 
- O desafio de encantar o cliente (cada vez mais exigente), começa no fato de compreender o que o ele (o cliente) verdadeiramente quer. Daí, a definição da estratégia de "como" atender essa necessidade que passará a ser a missão da sociedade empresária, a ser comunicada a todos os seus colaboradores indistintamente.

3) outros atributos comerciais do pão, que não necessariamente se aplicam aos outros mercados e produtos são: 
  - baixo valor agregado
  - baixo custo
  - margens muito pequenas
  - alta concorrência
  - diferenciação por preço
  - o cliente potencial está perto e não demanda grandes investimentos de marketing
  - culturalmente, é um produto consumido em alta escala e por todas as classes sociais.

Quais as características do seu produto? Quem são seus concorrentes? Quais os mercados potenciais? Quais as limitações de escopo ou ainda os nichos que podem ser explorados? Enfim... Para onde ir?

Usamos essa analogia para concluir que a panificação, atualmente, gera seu resultado a partir da venda de uma infinidade de produtos que não necessariament o pão). A panificadora dispõe de uma infinidade de outros produtos com margens muito, mas muito mais interessantes, que geram o lucro que torna o seu negócio viável. E o que é mais importante, nenhum desses fatores são considerados na hora de fazer a conta, mas são relevantes no dia a dia do negócio.

Por fim, eu não creio que a gestão de uma panificadora seja algo simples como quer sugerir o tal dito popular. A gestão simples e descomplicada é possível, mas vem da compreensão e assimilação de diversos fatores que envolvem o negócio; não é uniforme e ainda pode variar de tempos em tempos, para um mesmo negócio, influenciados por taxas de cambio, alterações na sistemática dos impostos (seja por alteração na legislação ou por enquadramento de iniciativa do contribuinte), cenário econômico, mudanças no posicionamento estratégico, novas tecnologias, enfim. 

Encerro esse artigo desejando boa sorte aos padeiros de plantão. Os verdadeiros padeiros. Vocacionados pela arte milenar de produzir pães de todos os tipos e alimentando o mundo.

Aos padeiros de improviso vale a informação de que a lei inglesa deixou de vigorar em 1863. Apesar de a "CONTA de padeiro" perpetuar-se por aqui.





terça-feira, 4 de junho de 2013

Uma carga tributária menor para um país maior e com mais transparência e responsabilidade.

Diante de tantos controles informatizados criados pelo fisco com a NF-e, os diversos SPEDS, as muitas declarações compiladas em arquivos magnéticos, e afins...  Conhecendo a dicotomia que existe na relação entre contribuintes e agentes tributários, onde a máxima é de que "todo empresário é sonegador até que se prove o contrário" e de outro lado a impressão de que "a corrupção não tem medida em nosso sistema público-tributário", eu gostaria de lançar a seguinte questão: O que cada lado está fazendo para mudar essa pecha?

Da parte do fisco, é fato o investimento consistente em meios cumputacionais para processar as informações e assim controlar o contribuinte garantindo meios arrecadatórios e por que não dizer também alimentando, em certo grau, também a corrupção incutida em alguns corredores obscuros do serviço público e que tomamos conhecimento por meio da imprensa.
 E quanto a nós como sociedade e contribuintes? E os srs. empresários e suas frentes sindicais e associativas? Como estão atuando? Abro parênteses para manifestar apoio à campanha da FIESP pela redução das contas de energia elétrica... Mas será que é o melhor que fazemos?
Continuaremos ainda como espectadores e observadores alheios a tudo isso como se tal corrupção, fraudes, ingerências fossem normais? 

Não!

Vamos cobrar que se faça uso do mesmo investimento em meios computacionais de forma a prestar contas publicamente! Que sejamos  informados de maneira detalhada da aplicação dos recursos que sacrificamos todos os anos, que são depositados nos cofres públicos para o fim de promover algum tipo de bem estar social. Que se diga: bem social de quem? Individual ou coletivo?

Basta à corrupção!

Nem todo empresário é ou quer ser sonegador.
Nem todo político e agente público tributário é ou quer ser corrupto.

O que todos queremos é um sistema tributário simples (descomplicado), transparente e justo. Que devolva a dignidade ao povo em geral!
Que tire a pecha de sonegador daqueles que investem em nosso país. Que afaste a imagem manchada de homens públicos sérios que se preocupam com o nosso povo.

Todos queremos uma carga tributária menor para um país maior e com mais transparência e responsabilidade.

Flavio O. Santiago
Consultor Financeiro e Controller

Isenção da COFINS sobre ganhos com variação cambial

É notória a ganância arrecadadora do fisco brasileiro nas mais diversas instâncias de governo. A criatividade nesse campo é ilimitada. 

Se tal criatividade fosse utilizada, por exemplo, na aplicação responsável e competente dos altos impostos que já pagamos, de tal forma a promover a justiça e a inclusão social, a promover a educação e a integração dos nossos jovens ao mercado de trabalho e assegurar aos trabalhadores a dignidade inclusive na sua aposentadoria, estaríamos, sem dúvidas, no melhor país do mundo para se viver.

Oxalá que os nossos políticos e gestores tributários sejam despertados para esses propósitos. Mas o que ainda levam as pessoas a buscarem essas carreiras são os benefícios que elas podem obter em tais posições e apenas uns poucos estão preocupados em oferecer sua contribuição à promoção da justiça e bem estar social. Infelizmente.

Diante disso, é para comemorar a decisão do STF em isentar da Cofins o contribuinte que auferir ganho de variação cambial (veja mais: http://www.4mail.com.br/Artigo/Display/022560104776126 ).

E enquanto a nós contribuintes,  vamos precionar os agentes públicos (políticos e gestores tributários) a utilizar melhor os recursos que sacrificamos em prol desse desejado e muitas vezes utópico bem estar social.

Flavio Santiago
Consultor Financeiro e Controller

Homenagem às mães


Qual a imagem que vem a sua mente quando você ouve a palavra mãe?
Seria a mulher afetuosa e cheia de amor com uma criança no colo? Ou a mulher com um sorriso largo no rosto acariciando a sua matre enquanto nutre a esperança daquele filho que está às portas?
Talvez, ainda, a imagem de uma mulher que suporta as dores do parto na expectativa de ver pela primeira vez o rostinho daquela criança que com ela esteve nos últimos nove meses de gestação.

Certamente há muitas imagens de mães...
Há aquela que amamenta, aquela que abraça com ternura, aquela que ri diante das travessuras juvenis e oferece um beijo que sara todas as dores.
Aquela que leva na escola, que prepara o almoço que gostamos, e que às vezes até se zanga com as molecagens dos tempos de menino.
Nos dias atuais, há ainda as mães que levam seus filhos para a creche e saem para o trabalho de seis ou oito horas de jornada, voltam para casa cansadas e cuidam dos afazeres da casa, do marido (quando este não lhe faltou) e dos filhos como se o dia tivesse, de fato, 30 horas...

São todas mães, e suas histórias nos enchem os corações de gratidão a Deus por existirem em nossas vidas.

Eu tive algumas mães, se posso dizer assim: aquela que me gerou e aquela que me levou a conhecer o amor de Deus; aquela que cuidou de mim de uma forma muito especial, mesmo não havendo nenhum parentesco, minhas avós e não menos importante aquela que gerou meus dois filhos. Deus abençoe todas elas.

Eu gostaria de homenagear todas as mães lembrando do texto de Provérbios 6:20 que diz: "Meu filho, (...) não abandone o ensino de sua mãe" (NVI). Não nos enganemos! - A mãe tem um papel muito importante na educação dos filhos, por ser a pessoa com quem os filhos passam a maior parte do tempo e somos influenciados pelas suas palavras de ensino, personalidade, comportamento e caráter, até mesmo sem perceber.

Eu me lembro que quando ainda era bem jovenzinho, tínhamos uma vida muito modesta e meu pai, que trabalhava como carpinteiro numa fábrica de carrocerias de caminhão, recebia o seu ordenado e separava o suficiente para o seu transporte e depositava o restante aos cuidados da minha mãe. Ela se encarregava de administrar aquele recurso fazendo feira, mercado, o pagamento das contas, o vestuário da família, escola e tudo o mais. Eu não entendia muito bem, mas o que me chamava a atenção era a ginástica que ela fazia no final do mês para que tivéssemos o alimento, até que chegasse o próximo ordenado do meu pai. Eu ia sempre com ela à feira, ao supermercado e quando chegava perto do fim do mês as compras eram dois ou três itens... Então ela me pedia para ir ao mercado comprar um quilo de feijão ou ainda meia dúzia de ovos. Ela ainda não sabia, mas estava me ensinando sobre orçamento doméstico.

Estes ensinamentos me acompanham ainda hoje. Aliás, muito contribuíram para que eu me formasse o contador que eu sou hoje, voltado principalmente para a gestão financeira da empresa.

Minha mãe me ensinou a fazer bem este trabalho.
A ela a minha homenagem hoje. Parabéns mamães pelo seu dia.

Flavio O. Santiago
Consultor Financeiro e Controller

O BSC (Balanced Score Card) mais próximo dos pequenos e médios empresários

Com pouco mais de duas décadas de atuação na área contábil, eu vi e observo até os dias de hoje dois tipos distintos de departamento de contabilidade:

O primeiro, em empresas de grande porte, onde tal departamento conta com uma área ampla e uma posição de destaque dentro da companhia. Há um grupo enorme de pessoas trabalhando ali - aliás, como não se vê em nenhum outro país do mundo; e o que a matriz de empresas multinacionais mais questiona: Overhead. Esse enorme departamento cuida da contabilidade elementar (em seu termo em inglês conhecida por "bookkeeping"), mas também dos relatórios gerenciais e estatutários, das auditorias, as análises econômico-financeiras e seus indicadores, os orçamentos e suas variedades de custos reais e gerenciais, as conciliações, os controles patrimoniais de ativos, a manutenção dos ERPs, a atualização tributária, a apuração dos impostos, a escrituração fiscal e suas obrigações acessórias, etc. 

Com tanta informação sendo trabalhada, é de se esperar que haja grupos de pessoas influentes na organização ansiosas por conhecer e balisar as suas decisões a partir dos indicadores mais recentes daí extraídos.

Em segundo plano, atuando para empresas de pequeno e médio porte... o escritório de contabilidade terceirizado com recursos limitados e responsabilidades ilimitadas. Esta equipe contábil, diferente da primeira, realiza suas atividades com base em uma tabela de honorários que reflete em atender o menor grau de exigências de seus clientes possível: aquele que não resulte em problemas de ordem fiscal para a empresa e seus sócios. 

Diante desse cenário, a primeira providência desses escritórios é estabelecer um fluxo de documentação que lhes permitam executar a escrituração fiscal e a apuração dos impostos da sociedade empresária e em alguns casos, a escrituração contábil básica e seus relatórios essenciais são elaborados para formalidades elementares e a apresentação da DIPJ em junho de cada ano.

Esperar que alguém se valha desses trabalhos para a tomada de decisão está definitivamente fora de questão, até que algo realmente grave e urgente tome a cena. Infelizmente essa tem sido a tônica da cultura de médios contadores e médios empresários brasileiros. É claro que eu quis enfatizar dois extremos de nossa realidade, mas o pior é observar que a grande maioria está no segundo extremo.

A boa, ou má notícia, é que mudanças começam a ser percebidas nesse cenário: A NF-e, o SPED (Fiscal, Contábil, Contribuições, Social, e o que mais o nosso criativo fisco vier a inventar), já chegou ao universo das pequenas e médias empresas. Com isso, os controles fiscais, tributários e inclusive contábeis requeridos sobre essas empresas estão elevando os seus custos (como já aconteceu com as grandes empresas). É inevitável o aumento dos custos decorrentes da implantação de sistema, criação de processos para consistências de dados e atender os prazos do fisco e assim evitar riscos fiscais e multas daí decorrentes.

A expectativa é que com o aumento desses custos aumente também a consciência dos gestores que começam a perceber que o fisco terá mais informações sobre suas empresas do que eles próprios. Se no passado o governo colocou a Contabilidade das empresas para trabalhar para si, agora está na hora de corrigir essa distorção e colocar a Contabilidade para trabalhar para a empresa novamente.

Quero dizer com isso que está na hora dos pequenos e médios empresários retomarem para si os préstimos da contabilidade. É melhor que eles se dediquem a conhecer os seus números implícitos em sua contabilidade, seja ela boa ou ruim. É de se esperar que ele descubra uma fonte relevante de informações úteis para a tomada de decisões, e ainda para evitar riscos à sua continuidade.

Convém lembrar, ainda, que ampla literatura leva em consideração as informações não-financeiras para a tomada de decisão dirigida para a estratégia. As informações não-financeiras advindas das diversas áreas da empresa, em conjunto com informações financeiras, resultam numa poderosa ferramenta de gestão conhecida como Balanced Score Card (BSC), que pode fazer a diferença quando bem implantada e utilizada pelos gestores que buscam a perpetuação e a expansão dos seus negócios.

Caros empreendedores pensem a respeito.

 

    Flavio O. Santiago 

    Consultor Financeiro e Controller




A Contabilidade como ferramenta para uma gestão eficaz

Podemos dizer que o Brasil viveu um momento em sua história que, para uma empresa ser bem sucedida, bastava que o seu produto tivesse uma boa aceitação pelo mercado e em alguns casos um bom marketing bastava. Nesse período, a inflação ao mês era de dois dígitos, o consumidor tinha pouquíssima  base para comparações, a demanda era muito superior à oferta e não havia concorrência relevante na maioria dos setores. Neste cenário, o empresário estabelecia a sua margem de lucro e o seu preço final. As preocupações em relação ao custo de produção vinham em segundo ou terceiro plano.

Com a abertura do mercado para a concorrência internacional e a estabilidade econômica, o consumidor ganhou força nas relações de comércio, e adquiriu bases para comparações. Além disso, o aumento da renda favoreceu o acesso a bens de consumo ainda que impulsionado pelo crédito facilitado. Pelo lado empresarial, as preocupações com a competitividade, qualidade e custos recebem maior atenção. Observo ainda que a entrada de novos consumidores no mercado abriu espaço para a diversificação e exploração de pequenos nichos de mercado, proporcionando o desenvolvimento de muitas empresas mesmo com estruturas deficientes.

Acredito que as relações de comércio no Brasil estão se encaminhando para o seu terceiro e mais difícil momento, a ser enfrentado pelas empresas em geral, devido a dois fatores: 1) com o aumento do endividamento, as famílias brasileiras tenderão a reduzir a sua exposição ao crédito - Mesmo com os juros em queda, os consumidores estarão limitados pelo valor das suas parcelas e condicionados à elasticidade das suas dívidas atuais; 2) as crises internacionais estão fazendo com que as empresas estrangeiras desviem as suas atenções para o consumidor dos países em desenvolvimento – Com o escoamento desses produtos no mercado local a concorrência chegará a muitos setores da economia afetando grandes e pequenos; esse processo acelera-se ainda mais com o desaquecimento do consumo na China. Dados esses fatores a eficácia das empresas nacionais serão colocadas em cheque.

Cada vez mais as empresas deverão se preocupar com a qualidade dos seus produtos, com suas margens de retorno e a remuneração dos seus acionistas. Para equacionar esses dois pólos e ser bem sucedida, a empresa precisa conhecer bem seu produto, seus números, sua estrutura e seus clientes.Será necessário saber onde ela é eficiente e mais ainda: onde estão as oportunidades de melhoria.

É na consolidação dessas informações e na sua interpretação que o Controller atua e a sua eficiência é medida e reconhecida. Sem deixar de lado os aspectos fiscais e tributários, é na interpretação das informações financeiras que a Controladoria pode oferecer sua maior contribuição para a sociedade empresária.

É aí que está o propósito do nosso blog: Discutir a missão da Controladoria. Identificar o como boas práticas podem contribuir para o sucesso das sociedades empresariais. Quando possível, apresentar “cases” atuais. Além disso, incentivar e desenvolver tais práticas de gestão entre empresários e profissionais de Contabilidade e Finanças.

Quero convidar aqueles que têm interesse por estes temas a nos contatar. Se desejar, manifeste sua opinião sobre os assuntos apresentados.

Nossa realização está em contribuir para o desenvolvimento de empresas tornando-as bem sucedidas e saudáveis, por meio de um bom relacionamento entre empresários e profissionais de contabilidade e finanças.


Flavio Santiago

Consultor Financeiro e Controller

sábado, 25 de maio de 2013

A Redução dos juros e a gestão financeira


                              Recentemente, muito se tem falado sobre a redução dos juros promovida pelo governo federal. Parafraseando um certo ex-presidente... – ‘Nunca se viu na história desse país’, tanta gente, de classes sociais diversas, enaltecendo e comemorando a condução de assuntos econômicos, como nesse caso.
                                      Méritos à parte, eu gostaria de provocar a reflexão a cerca dos reais benefícios trazidos por essa medida e sua solução prática para os dilemas econômicos atuais:
                                      Minha primeira questão é: Quem são os reais beneficiários dessa medida? Resposta: o consumidor. Justamente aquele que já vinha comprando em mais de 70 meses e depois veio a ser restringido a comprar em no máximo 48 meses e, nem por isso, deixou de gastar. Esse consumidor emergiu das classes inferiores da sociedade e adquiriu TV, geladeira, computador, casa, carro e se endividou, endividou e endividou.
                Uma mostra disso está na troca de farpas entre o ministro Mantega e a Febraban em que aquela usou a seguinte metáfora por meio do seu economista-chefe: "Alguém já disse que 'você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água!’? ”. Isso fora dito para explicar porque as famílias não impulsionaram o crédito na economia.
                Talvez ainda haja o que comemorar, alguns podem pensar: se há dinheiro sobrando, há espaço para mais redução de juros. E a minha segunda pergunta é: Para quê reduzir mais juros?
                A minha percepção é que a discussão sobre os juros praticados no Brasil (que já é dos menores vistos por aqui) está tirando do foco a real problemática econômica atual que é a administração financeira pelos seus entes sociais. Percebo que há um câncer de grandes proporções na cultura da sociedade brasileira, levada pelo pensamento de que podemos resolver todos os problemas financeiros simplesmente parcelando os pagamentos. Eu chamo isso de “síndrome das Casas Bahia”.
                Note-se que os nossos governos nas suas esferas federal, estadual e municipal gastaram, por muitos anos, mais do que arrecadavam gerando déficits sobre déficits, o que veio a esbarrar na, ainda recente, Lei de Responsabilidade Fiscal. Com o desenvolvimento comprometido, os nossos governantes buscaram no aumento da arrecadação a solução dos seus problemas, pouco fazendo para combater o mau uso dos recursos.
                As famílias, como já mencionamos, estão endividadas e têm sua renda futura bastante comprometida.
                Por outro lado, a classe empresária, que tenho acompanhado de perto, ao longo da minha carreira como contador, não fez diferente. Em especial os pequenos e médios empresários, de quem pouco se é exigido em matéria de gestão financeira. Com toda evolução tecnológica reproduzida em equipamentos e sistemas de informação, infelizmente, ainda é muito comum ouvir empresários dizendo que não sabem quanto é o lucro real de suas empresas. Alguns até sabem qual o seu faturamento médio mensal e o percentual médio ‘esperado’ de retorno, mas não sabem dizer se o estão alcançando e o pior: se este retorno será atingido nos próximos meses.
                Como disse, há um problema instaurado em nossa cultura em que, tendo como pagar (ainda que parcelado), toca-se adiante. Quando se identifica o que está errado, toda uma expectativa futura já foi usurpada.
                Embora haja, de fato, o que comemorar em relação à redução dos juros, a solução para os problemas econômicos encontrados em nossa sociedade está em como lidamos com o dinheiro. A solução passa pela compreensão dos diversos fatores que afetam as decisões de ordem financeira e o seu planejamento responsável. Enquanto olharmos para os juros e as parcelas, continuaremos a negligenciar o tratamento da doença até o dia em que esta levar para o hospital o doente. 
Flavio O. Santiago
Consultor Financeiro e Controller